A melodia envolvente de “Bete Balanço ” teve sua inspiração na batida funk dos Rolling Stones e se tornou uma das músicas de maior destaque do disco Maior Abandonado e também da história do Barão Vermelho.
Cazuza, em parceria com Frejat, compôs a música para a trilha sonora do filme de Lael Rodrigues, Bete Balanço, com a atriz Débora Bloch no papel de uma jovem que sonhava em ser famosa. Ela sai de Minas Gerais e vai para o Rio de Janeiro, tentar a sorte como uma rockstar.
A ideia de Lael Rodrigues era traçar um paralelo com o universo do rock nacional dos anos 80, a vida de excessos e as barreiras da indústria fonográfica.
Ao analisarmos bem a letra de “Bete Balanço”, nota-se que ela foi inspirada no próprio Cazuza, pois em alguns trechos como
“O teu futuro é duvidoso
Eu vejo grana, eu vejo dor
No paraíso perigoso
Que a palma da tua mão mostrou”
nos deparamos com a figura de uma cartomante que leu a mão do personagem e viu um futuro incerto. Porém, cheio de grana, dor e tudo em um ambiente de perigo.
Cazuza tinha uma personalidade excêntrica, alegre, rebelde… Tinha uma ânsia de viver a vida, por isso, era visto como polêmico e boêmio. Ele sofreu muito por conta do HIV e morreu em 7 de julho de 1990 em decorrência da doença, tendo a letra da música comparada a uma previsão do que aconteceu com a vida do artista. Mas os fãs já desconfiavam, que a verdadeira Bete Balanço era o próprio Cazuza, tanto que em 1984, durante um show de lançamento do filme “Bete Balanço” realizado no Morro da Urca, no Rio de Janeiro, a atriz Débora Bloch teria revelado o segredo, confirmando o que os fãs de Cazuza e do Barão Vermelho já sabiam.
Débora perguntou ao público sobre quem seria a verdadeira Bete Balanço, e a plateia gritou imediatamente o nome de Cazuza.
Um ano após o lançamento de “Bete Balanço”, Cazuza deixou o Barão Vermelho e seguiu carreira solo. “Bete Balanço” foi e ainda é um dos maiores sucesso de Cazuza e do Barão Vermelho.
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