A audácia de vagabundos que se sentem donos de Cabo Frio

Que Cabo Frio, vulgo Sucupira, é terra de ninguém e terra sem lei, todos sabemos. Mas é por causa de vagabundos desse nível que a cidade, Cabo Frio, está essa desordem e virou esse caos. 

Sabemos que o poder público é ineficiente, cego – quando quer – e incompetente, mas se cada um, cidadão e cidadã, empresários e empresárias, moradores e moradoras, barraqueiros e barraqueiras, autônomos, ambulantes e políticos fizessem a sua parte, teríamos uma Cabo Frio mais digna e habitável, com no mínimo respeito as leis e ao direito das pessoas, com cada um cumprindo seus deveres. 

O que dizer desse povo, moradores ou donos dessas casas, ou mesmo o condomínio se houver, que para seu ‘bel prazer’ e comodidade, resolveram usurpar, pra não dizer roubar mesmo, um espaço público, que é de todos e de bem comum, para abrir um portão de garagem para os seus carros passarem, quebrando uma calçada também pública em pleno sábado a tarde, tomando um terreno ao lado que não é particular, ou seja, não é deles, e de forma descarada e ilegal? 

Vagabundos que se sentiram no direito de fazer o que acham certo numa cidade que ninguém vê, faz, pune ou multa nada, a não ser perseguidos políticos. 

Vagabundos que apenas copiaram alguns ditos ‘ empresários’ de Cabo Frio, tanto na Passagem, quanto na Porto Alegre, por exemplo, que tomam conta das calçadas com mesas e cadeiras, muito além do liberado pela Prefeitura, e impedem o povo de ir e vir, fazendo das calçadas o puxadinho do seu estabelecimento, porém num espaço público e que deveria ser de todos. 

Igual aos vagabundos do Braga e São Cristóvão com suas concessionárias ou oficinas mecânicas, ou mercados, ou por aí vai, já que ninguém respeita nada mesmo. 

No Jardim Esperança, Tamoios e Pero também tem esse tipinho abusado. Aliás, Cabo Frio todo. 

Vagabundos que copiaram os barraqueiros e barraqueiras que tomaram conta da Praia do Forte, demarcando espaço e terreno, se acham donos e resolvem tudo na facada, no canivete, na porrada e na pancadaria. 

Copiaram os vagabundos também que vem pra cá na alta temporada, ambulantes, que loteiam as praias de Cabo Frio vendendo de tudo e brotando nas areias incomodando e atrapalhando os moradores, visitantes e turistas. 

Ou seja, independente do bairro, nobre como o Novo Portinho, o caso da audácia acima, ou Porto Alegre e Passagem com empresários abusados ou nas praias, com mais gente abusada e sem noção, tem vagabundos descumpridores da lei em todos os lugares, audaciosos que se escoram na impunidade de uma Cabo Frio arrasada, sem lei, largada, abandonada e terra de ninguém, como infelizmente é e tem sido por décadas.

Resta saber até quando? 

Nesse caso, depois das denúncias, a Prefeitura agiu, e bem, e interditou esse crime e essa ação de bandidos vagabundos.