A operação deflagrada na última semana pela Polícia Federal intitulada ‘Teatro Invisível’ que esteve em Cabo Frio cumprindo um mandado de busca e apreensão na casa do Dr. Serginho, Prefeito de Cabo Frio, um dos investigados, pode se transformar no maior escândalo envolvendo políticos e empresários dos últimos tempos no Rio de Janeiro. A ofensiva teve como um dos alvos na capital o político Davi Perini Vermelho, conhecido como Didê, atual presidente do Instituto Rio Metrópole, nomeado pelo governador Cláudio Castro.
O nomeado do Governador do Rio de Janeiro liderava um orçamento de cerca de R$ 500 milhões, segundo informações, oriundos de parte da venda da CEDAE.
Agentes federais cumpriram mandados de busca e apreensão em uma mansão localizada em um condomínio de luxo no bairro de Vargem Grande, zona oeste do Rio e em outros endereços pelo Estado do Rio. O objetivo da ação era apreender documentos e dispositivos eletrônicos que pudessem servir como prova em uma investigação que apura fraude em licitações, lavagem de dinheiro e financiamento ilegal de campanhas eleitorais.
Durante a operação da PF, vídeos de festas com conteúdo sexual explícito foram encontrados e estão circulando nas redes sociais e já viraram notícia em sites da mídia nacional.
A residência, que ficou popularmente conhecida como “Mansão da Suruba”, teria sido palco de encontros que contaram com a presença de diversas figuras públicas. As autoridades também apreenderam listas com os nomes de frequentadores, entre eles políticos influentes — estima-se que até 20% dos deputados da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) possam estar implicados, além de secretários de Estado, parlamentares federais, prefeitos de municípios do estado do Rio de Janeiro e um senador da República, ‘famosinho’ de acordo com informações.
Segundo a PF, o grupo investigado destruiu provas após tomar conhecimento da primeira fase da operação. As investigações apontam o uso de recursos de origem ilícita para financiar campanhas previstas para 2024, por meio de um esquema de caixa dois.
A Justiça Federal determinou o bloqueio de contas bancárias dos investigados, totalizando R$ 3,5 bilhões, além da suspensão das atividades de oito empresas apontadas como participantes do esquema criminoso.
Fontes próximas ao investigado Didê afirmam que ele teria declarado: “Não vou sozinho, entrego todo mundo”, sinalizando que pode colaborar com as investigações. A Polícia Federal segue apurando o caso, que pode abalar as estruturas políticas do Estado do Rio de Janeiro.
Por Metrópoles, g1 e Veja