Com o acompanhamento do Ministério Público Federal (MPF), o Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Campos e do Espírito Santo realizou, no fim do mês passado, a soltura de 19 pinguins da espécie Spheniscus magellanicus, nome popular ‘Pinguim-de-Magalhães’, a 84 quilômetros da costa do Rio de Janeiro. A operação tem o objetivo de garantir a preservação da fauna marinha e é uma exigência do licenciamento ambiental federal conduzido pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Além do MPF, também acompanharam a soltura das aves o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e a Marinha do Brasil.
O MPF acompanha, por meio de procedimento administrativo, a execução do novo contrato do Projeto de Monitoramento, nos moldes conceituais e metodológicos pactuados junto ao Ibama e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). A reformulação do programa foi resultado de atuação direta da unidade do MPF em São Pedro da Aldeia. Atualmente, o Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Campos e do Espírito Santo é executado pelo Instituto BW para a Conservação e Medicina da Fauna Marinha (IBW).
Salvamento – Os pinguins encalharam na costa norte fluminense entre julho e agosto e estavam em estado crítico quando chegaram ao IBW. Após cuidados intensivos, incluindo hidratação, aquecimento, medicação e exames, os animais foram devolvidos ao seu habitat natural com a assistência do Navio AvPq Aspirante Moura (U-14) da Marinha, responsável pelo transporte seguro até a área de soltura.
A coordenadora veterinária do IBW, Paula Baldassin, destacou o trabalho colaborativo envolvido na reabilitação e soltura dos pinguins. “A reabilitação desses animais é desafiadora e gratificante. A colaboração entre instituições é fundamental para o sucesso dessas operações”, afirmou.
Para o procurador da República Leandro Mitidieri, o acompanhamento próximo do MPF ao projeto visa garantir que a execução desses programas esteja alinhada com as exigências do licenciamento ambiental e as melhores práticas de conservação. “Acompanhamos o resgate dos pinguins quando apareceram em Saquarema e agora o ciclo se completou com sua devolução para o mar”, destacou.
