MPRJ denuncia Marquinho Mendes por desvio de dinheiro público e esquema de rachadinha de R$ 345 mil na CONSERCAF

Em mais um capítulo das investigações que envolvem o cenário político de Cabo Frio, o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) formalizou uma denúncia robusta contra o ex-prefeito Marcos da Rocha Mendes, mais conhecido como Marquinho Mendes. Ele é acusado de associação criminosa e peculato durante sua gestão no período de janeiro a abril de 2017.

Associação Criminosa: A denúncia do MPRJ elucida que Marquinho Mendes, em conluio com Cláudio de Almeida Moreira, Valéria Leite de Oliveira e Samuel Ferreira Correa — todos previamente denunciados na Operação Basura — estabeleceu um esquema para desviar fundos públicos da COMSERCAF, uma renomada autarquia municipal. A estratégia era sofisticada: nomeavam-se servidores-fantasma, que, posteriormente, repassavam parte de seus vencimentos ao então prefeito.

Entendimento do Peculato: O crime de peculato acontece quando um servidor público, em benefício próprio ou alheio, apropria-se ou desvia dinheiro, bens ou qualquer outro valor que esteja sob sua posse em razão do cargo. A lei prevê uma pena que pode variar de dois a doze anos, além de multa, para aqueles condenados por esse delito.

No caso de Cabo Frio, entre 24 de fevereiro e 28 de março de 2017, Mendes e seus associados teriam desviado, conforme as investigações, um montante de R$ 25.000,00 dos cofres públicos. Uma prática que, se comprovada, se encaixa precisamente na definição de peculato.

Contextualização Ampliada: Desvendada pela Operação Basura, a organização criminosa em questão teve uma atuação abrangente na administração pública de Cabo Frio. Envolveu gestores de alto escalão da COMSERCAF, empresários estratégicos e diversos contratos questionáveis. Muitas das empresas envolvidas, conforme a investigação, serviam primariamente como fachada para facilitar os desvios financeiros, sendo contratadas sob pretextos de urgência, mas sem possuírem a expertise necessária para os serviços a serem prestados.

Detalhes Financeiros e Desdobramentos: Os rastros financeiros deixados durante as supostas operações ilícitas foram essenciais para a denúncia. A quebra de sigilo bancário revelou um total de 105 depósitos em espécie na conta do ex-prefeito durante seu mandato, somando R$ 346.938,00. Grande parte dessas transações foi realizada por figuras proeminentes dentro da administração municipal, como Paolla Martins Pereira de Mira e Michael Douglas do Vale Silva.

Dado o volume de evidências e a complexidade do caso, especialistas acreditam que os próximos passos do processo judicial serão cruciais para determinar os contornos finais desta situação.

Marcos da Rocha Mendes, ex-prefeito de Cabo Frio, enfrenta graves acusações por parte do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ). Ele é denunciado por associação criminosa e peculato. No cerne das acusações, Mendes é apontado como líder de um esquema que nomeava servidores-fantasma na COMSERCAF, autarquia municipal, com o intuito de desviar fundos públicos. A estratégia consistia em repassar parte dos vencimentos destes servidores ao próprio prefeito, demonstrando uma apropriação indevida de verbas públicas — caracterizando o crime de peculato.

Diante da gravidade dos delitos apresentados, Mendes pode enfrentar consequências judiciais significativas. A condenação por tais crimes pode levar à sua inegibilidade, impedindo-o de concorrer e exercer cargos públicos por um período determinado pela Justiça. Além disso, a natureza dos crimes de que é acusado pode resultar em prisão, uma vez que o peculato, especialmente quando envolve valores expressivos e esquemas organizados, é punido rigorosamente pela legislação brasileira.

O ex-prefeito Marquinho Mendes ainda não se manifestou publicamente a respeito das acusações.

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Este post tem um comentário

  1. Avatar
    Daniel

    Os anos de desgoverno desse senhor coincidem com a era de maior receita de royalties da cidade. A bacia de Campos estava bombando. Cabo Frio ficou estagnada e não conseguiu deixar NENHUM legado desse dinheiro. Roubaram muito, mas MUITO mesmo. A SECAF era o maior ralo, mas não era o único. Eventos, carnaval e obras superfaturadas também renderam bons trocados a Marquinho.

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Theo Vieira
Pós graduado em História do Brasil pela Universidade Candido Mendes e Graduado em Comunicação Social, com habilitação para Jornalismo, pela Universidade Veiga de Almeida. Atua como jornalista e apresentador dos programas “Super Manhã” de Segunda a Sexta das 5h às 07h e o “Sabadão da Nossa Rádio”, todos os Sábados de 09h ao meio dia, pela Nossa Rádio FM.