Demoraram para fazer, mas pelo menos não tem ‘dono’ e nem lista de pastores fantasmas como antigamente 

Editorial
Por Juarez Volotão

Que o Governo José Bonifácio demorou para fazer um evento evangélico, ou cristão, demorou. Aliás, mais um tiro no pé essa demora e desleixo com o público, eleitores, evangélicos.
Pela reação de alguns organizadores, nem eles mesmo acreditavam que o Show do Fernandinho daria tão certo e lotaria a Praça de São Cristóvão.
Porém, preciso ressaltar aqui algumas diferenças no modo de fazer um evento evangélico em Cabo Frio atualmente com o Governo José Bonifácio e os antigos governos.
Pelo menos, neste evento com o cantor Fernandinho, o Governo municipal não entregou a um ‘dono’, ou alguns ‘donos’, como sempre aconteceu em Cabo Frio.
Quem não se lembra do todo poderoso ‘Pastor Presidente’ da Assembleia de Deus ( todo respeito a denominação e nenhum respeito a esse senhor ) que loteava os shows e fazia o que bem queria na cidade no auge do seu poderio?
Só subia no palco e chegava perto dos cantores e artistas evangélicos quem ele queria, desejava e ordenava e ainda, era chegado a ele ou ao seu ‘feudo’ religioso e político.
Claro que ele só fazia tudo isso, pois tinha a autorização do ex-Prefeito de Cabo Frio, Marquinho Mendes, que lhe conferia status de ‘dono’ dos eventos evangélicos em Cabo Frio por muitos e muitos anos.
O absurdo era tão grande em Cabo Frio, onde política e religião sempre andaram juntas, da forma mais leviana possível, infelizmente, que esse senhor pastor presidente fez do altar de sua igreja, um comício a um ex-Vereador da cidade, que com o apoio das suas ovelhas foi eleita, e no ano seguinte seu pai foi preso na Operação Basura da Polícia Federal, pai esse que também estava no púlpito falando em nome de Deus, ‘abençoados’ pelo pastor presidente, ex-dono dos eventos evangélicos de Cabo Frio.
Era uma panela só e foi assim por muitos anos na cidade.
Isso sem falar, na quantidade de ‘pastores’ que subiam ao palco naquela época, a maioria, com portarias na Prefeitura de Cabo Frio, pagos com dinheiro público para orar pelo Prefeito, pelo seu Governo ou por apenas ‘venderem’ os votos dos seus fieis e ovelhas.
Quem não se lembra das tais listas de Pastores portariados na Prefeitura, prática comum nos governos do Marquinho Mendes e Alair Corrêa.

Vamos lembrar também dos cultos no clube aquático do Alair, com aquele cordão dos pastores puxas sacos, portariados, muitos enriqueceram nos governos anteriores pois eram ‘oradores’ oficiais dos prefeitos ou dos seus governos.

Até inventar uma falsa conversão de um ex-prefeito inventaram na época para  o cara ganhar as eleições, os mesmos que hoje desejam voltar com as farras das portarias em nome de ‘gsuiz’.

O que falar dos comícios que eram feitos nesses eventos evangélicos em governos anteriores?

Não sabíamos se era realmente um evento gospel ou político partidário, pois era uma bajulação desses pastores portariados e a campanha política rolava solta pelos tais eventos e expo gospel.

Ver hoje um verdadeiro evento cristão, onde o atual Governo não usa de politicagem, nem visando a reeleição que está próxima, ou ainda, enxergar no palco pastores sérios, de denominações sérias e que não são portariados fantasmas da Prefeitura, como sempre aconteceu num passado nem tão distante, é motivo sim de relembrar, frisar, falar francamente e fazer o povo lembrar, pois estes mesmos que também faliram a cidade, e falo desses ‘pastores’, hoje alguns nem pastoreando mais nada, querem voltar e com sede ao pote.

Compartilhar

WhatsApp
Facebook
Telegram
Email

Este post tem um comentário

  1. Avatar
    Claudia

    Foi maravilhoso o show!

Deixe um comentário

Theo Vieira
Pós graduado em História do Brasil pela Universidade Candido Mendes e Graduado em Comunicação Social, com habilitação para Jornalismo, pela Universidade Veiga de Almeida. Atua como jornalista e apresentador dos programas “Super Manhã” de Segunda a Sexta das 5h às 07h e o “Sabadão da Nossa Rádio”, todos os Sábados de 09h ao meio dia, pela Nossa Rádio 88,7 fm.